quarta-feira, 17 de março de 2010

Preto

Folhas de pintura vazias
Peças intocadas de argila
Foram dispostas diante de mim
Como o corpo dela um dia esteve

Todos os cinco horizontes
girando ao redor de sua alma
Como a Terra ao redor do Sol,

Agora o ar que eu provei e respirei
Mudou de rumo
E tudo o que eu ensinei a ela... foi tudo
Eu sei que ela me deu tudo o que podia...
E agora minhas amargas mãos
Se esfregam abaixo das nuvens
Do que um dia foi tudo...

As imagens foram
todas banhadas em preto,
Tatuando tudo...(marcando para sempre)

Eu saio pra passear
Sou cercado por algumas crianças brincando
Eu posso sentir suas risadas, Então porque eu desanimo?...

E pensamentos confusos giram ao redor de minha cabeça
Estou girando, oh, estou girando
Quão rápido o sol pode, cair

E agora minhas amargas mãos.Berço dos vidros despedaçados
Do que um dia foi tudo...
Todas as imagens foram banhadas em preto,
Tatuando tudo...
Todo o amor tornou-se mal
Transformou meu mundo em escuridão
Tatuando tudo que vejo Tudo o que sou
Tudo o que sempre serei...

Eu sei que algum dia você terá uma linda vida,
Eu sei que você será uma estrela,
No céu de um outro alguém,
Mas porque, porque...
...Por que não pode ser, por que não pode ser minha?

2 comentários:

  1. Para além da veia ciclista, agora também tens uma veia poética...ehehe.

    É o sofrimento em cima da bike que faz sair os sentimentos mais profundos, para agora apostares na poesia...dizem que a poesia é para aqueles que conseguem sentir de uma forma especial aquilo que os rodeia.

    Abraço campeão,quando te apanhar sozinho a treinar se precisares eu dou-te boleia...ehehehe

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